O funcionamento em rede é um dos pilares do CeMAIS. Nós acreditamos que a união e a troca entre as várias organizações do terceiro setor e o poder público e privado é essencial para o desenvolvimento sustentável da sociedade. E essa foi a temática principal do encontro Conexão Boas Práticas 60+ Caminhos em Rede, que aconteceu de forma virtual no dia 20 de agosto de 2020.
O Conexão Boas Práticas 60+ é uma realização do projeto do CeMAIS “Caleidoscópio 60+ Nossos Direitos”, executado com recursos do Fundo Municipal do Idoso de Belo Horizonte, e nesta edição contou com a participação de convidadas excepcionais, que trouxeram relatos de sucesso, a partir de perspectivas diversas, na implementação de ações e projetos a partir do trabalho em rede.
O encontro foi mediado por Valda Maciel, Supervisora de Projetos do CeMAIS, que apresentou o tema e passou a fala para Marcela Giovanna, Diretora-presidente do CeMAIS e membro da Mesa Diretora do Conselho Municipal do Idoso de Belo Horizonte (CMI-BH). Marcela deu as boas-vindas a todas as pessoas presentes e apresentou as convidadas Renata Martins Costa de Moura, Diretora de Políticas para a Pessoa Idosa da Prefeitura de BH e Vice-presidente do CMI-BH, e Fernanda Matos, representante da Rede Cidadã e Presidente do CMI-BH.
Fernanda Matos acredita que “só se faz ações sociais, intervenções sociais e se obtém resultados sociais de impacto a partir do momento em que você une os três pilares da sociedade, que você caminha pelos três, que é o poder público, privado e as organizações sociais”.
É a partir dessa mesma premissa que o CeMAIS decidiu trilhar histórias que inspiram o trabalho em rede realizado com pessoas idosas, trazendo a fala de três mulheres com trajetórias que se cruzam e se completam: Wanilda Motta, pessoa impactada pelo trabalho em rede; Silvia Costa, mentora da Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa (Ebapi); e Simone Martins, mentora da Rede de Apoio à Pessoa Idosa de Minas Gerais (RAPI-MG).
Caminhos em Rede
Wanilda iniciou a narrativa falando sobre o empoderamento de sua comunidade em Ponte Nova (MG), quando adquire o conhecimento dos seus direitos. Ela fala da importância da participação das pessoas nas decisões sobre obras públicas na comunidade e também sobre a relevância do trabalho para a autonomia e empoderamento das mulheres na comunidade.
Silva, então, fala sobre o funcionamento, os princípios e a história de criação da Ebapi, uma iniciativa do antigo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), que hoje chama-se Ministério da Cidadania. A Ebapi é destinada aos municípios, com apoio dos governos estaduais, e tem a função de integrar políticas já existentes e estimular novas políticas públicas na área do envelhecimento.
Para unir essas duas narrativas, Simone dialoga sobre a relação em rede entre a Ebapi, o CMI, o poder público e a comunidade de Wanilda na formulação e implementação de obras e projetos na cidade de Ponte Nova e da ampliação dessas ações para um âmbito estadual, o que culminou na criação da RAPI-MG, uma organização que possui vários projetos e ações voltados para as pessoas idosas e para ILPIs.
Participação e encerramento
Após essas histórias inspiradoras, Valda abre o microfone para perguntas e colocações dos demais participantes do encontro. Michelle Queiroz, representante da Rede Longevidade e do International Longevity Centre (ILC), agradeceu a oportunidade e a fala das participantes, reforçando a união e parceria entre as organizações. Também houve a participação de Renata Martins, Diretora de Políticas para a Pessoa Idosa da PBH, e Naiane Loureiro, representante do Instituto Ânima, iniciando um rico diálogo com as convidadas.
Marcela Giovanna encerra o encontro, e reforça:
"Esse encontrar semanalmente que tem dado força e coragem para a gente nesse desafio de mundo que estamos vivendo"