ATA DA 256ª PLENÁRIA DO CONSELHO MUNICIPAL DO IDOSO DE BELO HORIZONTE

 ATA DA 256ª PLENÁRIA DO CONSELHO MUNICIPAL DO IDOSO DE BELO HORIZONTE
Edição: 6567 | 1ª Edição | Ano XXVIII | Publicada em: 27/07/2022
CMI-BH - Conselho Municipal do Idoso de Belo Horizonte

ATA DA 256ª PLENÁRIA DO CONSELHO MUNICIPAL DO IDOSO DE BELO HORIZONTE

 

Aos vinte dias do mês outubro de 2021, às 9h, iniciou-se a 256ª Plenária do Conselho Municipal do Idoso (CMI) de Belo Horizonte realizada de forma virtual por meio de videoconferência. Fernanda Matos, presidente da Mesa Diretora, cedeu a palavra aos conselheiros que deram boas-vindas a todos os presentes. Em seguida, a presidente acolheu a todos e informou a pauta da plenária: o formato especial considerando o dia internacional da pessoa idosa que é comemorado no dia primeiro de outubro. Assim, foram convidadas pessoas idosas residentes no município de BH para compartilhar suas vivências e conhecimentos. Fernanda fez agradecimento aos convidados e passou a fala para Renata Martins, vice-presidente do CMI e Diretora da Diretoria de Políticas para a Pessoa Idosa – DPEI. Renata Martins manifestou sua satisfação em estar presente nesta plenária e reforçou que o aumento da expectativa de vida foi um ganho para a humanidade, mas deve ser acompanhado de reconhecimento e valorização. Em seguida, Marcela Giovanna agradeceu a presença e participação de todos na plenária e em especial aos convidados, pessoas idosas, que estão juntamente ao CMI na busca por uma cidade melhor e pela garantia de direitos. Posteriormente a fala foi transferida para Janice Salomão, que expressou sua alegria em estar na plenária e convidou Vilma Dário a falar sobre como ela percebe e vivência o processo de envelhecimento. Vilma relatou que a partir da aposentadoria buscou realizar trabalhos voluntários, que percebe o envelhecimento como algo natural. Já esteve como conselheira no CMI e atualmente é colaboradora, e traz para sua vida os aprendizados do CMI pelos quais é imensamente grata. Janice, então, convidou Celma Regina a falar sobre o seu processo de envelhecimento. Celma relatou que tem relação intensa com o trabalho e por isso não sentiu o processo de transição entre os 50 aos 60 anos. Porém, ao aposentar e se deparar com a pandemia causada pela Covid-19, em que as pessoas idosas correspondiam a público de risco, e ante aos cuidados para prevenção da doença, Celma se viu como pessoa idosa. E nesse período buscou se reinventar, aprimorar os conhecimentos para o uso de tecnologias, assistiu a filmes e leu livros. Relatou que suas experiências de trabalho na área da saúde e cultura a ajudaram a perceber o processo de envelhecimento com respeito e valorização. Celma destacou a importância da gratidão para com a trajetória de vida. Janice destacou a importância da pontuação de Celma referente a pandemia e seu reflexo na vida de todos. A próxima convidada Maria Aparecida Moraes relatou que se aposentou na década de 80 aos 46 anos, e que percebe que nesta época a invisibilidade da pessoa idosa era ainda maior que nos dias atuais. Ao se aposentar sentiu que queria continuar a ser produtiva então ingressou na Prefeitura de BH por meio de concurso, como educadora social. Quando completou 70 anos de idade precisou de aposentar compulsoriamente, o que lhe causou grande impacto. E nesse momento ela se percebeu em processo de envelhecimento. Contudo decidiu que queria continuar a atuar e passou então a se envolver com o CMI. Janice retomou a fala e a cedeu para Aurimar Reis que relatou que não sentiu que está envelhecendo e que a grande ligação com o esporte favoreceu a este fato. Ele citou que se percebe como “gerontolescente” aos 75 anos. Que após a aposentadoria o Centro de Referência da Pessoa Idosa de BH (CRPI) o proporcionou identificar novas possibilidades e interesses. E que também realiza atividades esportivas adaptadas no Serviço Social do Comércio (SESC). E realiza consultas médicas preventivas regularmente. Em seguida a fala foi passada ao Sr. Marinho que relatou que é um orgulho ter a idade que possui, 79 anos. Que se percebeu idoso há oito anos, quando sua esposa faleceu. Ele possui uma rotina diária ativa de acordar cedo, realizar orações, praticar caminhada e em seguida vai para o local de trabalho. Também realiza acompanhamento médico periódico. O Sr. Marinho relatou que exerceu a função de dirigente de Instituição de Longa Permanência para Idosos em BH e que nesta experiência percebeu situações de abandono vivenciadas por residentes da instituição. Após essa fala, Janice ressaltou a importância da espiritualidade citada por ele, que é algo que nos fortalece. Na sequência, a fala foi passada para Dirce de Assis, 73 anos, residente há três anos no Lar Frei Zacarias que relatou a experiência vivenciada em uma atividade desenvolvida pelo coordenador da instituição, Marcelo Manoel, que propôs “relembrar sua velhice”. E nesse momento Dirce se percebeu idosa. Ela compartilhou com os presentes que inicialmente percebia a ILPI como “asilo” de forma pejorativa. Porém, o acolhimento recebido e relacionamentos com funcionários e voluntários possibilitaram boas experiências de forma a ressignificar sua vivência na instituição. Relatou também que devido à questões de saúde precisou suspender a realização de atividades físicas. Gosta muito das atividades desenvolvidas no Lar, como as de música. E que adquiriu muitos aprendizados e nova forma de ver e lidar com os desafios da vida. De acordo com Dirce, ela se sente útil e feliz por compartilhar sua história e que “ser idoso” não é ser velho, mas ter a mente lúcida e ativa. Se sente idosa pois vive de sonhos para o futuro. Geromira Abreu pediu a fala e relatou que possui trajetória na área da saúde, compõe o CMI e desenvolve trabalhos voluntários. E ressaltou a importância de que as ILPIs sejam apoiadas e qualificadas. Robson de Oliveira pediu a fala e citou o desafio de pessoas que não tem recursos para comprar medicamentos. Em seguida Janice pontuou que essa temática entrará em outra plenária como pauta.

Janice deu seguimento perguntando aos convidados como percebem a política voltada para a pessoa idosa. Vilma relatou que as ações por meio do CMI por exemplo contribuem para caminhar rumo a melhorias para esse público. Maria Aparecida ressaltou o movimento para romper a invisibilidade da pessoa idosa. E que compreende que as pessoas idosas estão sendo envolvidas no processo das conquistas na perspectiva da cidade para que tenham uma melhor qualidade de vida. Celma falou dos projetos de lei que estão sendo propostos que favorecem a pessoa idosa. E que é fundamental que a pessoa idosa seja envolvida nesse processo, para este ser fortalecido e não se perder com o passar do tempo. E percebe que há interesse legislativo. Maria Aparecida citou a importante contribuição do CRPI com os vídeos das atividades. Por fim, Fernanda Matos, presidente, encerrou a plenária com o agradecimento pela participação de todos e falas de toda a mesa diretora.