Entrevista com Gilson Dayrell sobre o Terceiro Setor

Gilson é membro do Conselho Curador da Fundação José Fernandes de Araújo e Presidente da Federação Mineira de Fundações e Associações de Direito Privado (FUNDAMIG). Ele é formado em Engenharia Mecânica e Elétrica, com Especialização em Sistemas Elétricos e Mestrado em Gerontologia Social.

Confira a entrevista que nós fizemos com ele sobre a participação da pessoa idosa no Terceiro Setor:

 

1) Como você conheceu o Terceiro Setor? Há quanto tempo você trabalha/atua em organizações sociais? 

Conheci o Terceiro Setor quando, em 1997, participei do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). Após deixar o Governo Federal em 2003, voltei a Belo Horizonte e criamos o Jornal Cidadania em Foco, que era impresso na FUMARC, gráfica ligada à PUC. O Jornal tratava de temas do Terceiro Setor e ali escrevi muitas matérias a respeito. Durante a minha vida atuei e fui conselheiro em diversas instituições e hoje sou membro do Conselho Curador da Fundação José Fernandes de Araújo.

 

2) Na sua história de vida, em que momentos as organizações sociais estiveram presentes? Quais os fatos marcantes da sua história que estão ligados à sua atuação no Terceiro Setor?

Desde que participei do CNAS, nunca mais deixei de atuar no Terceiro Setor. Já são mais de 20 anos como consultor em todo o Brasil e ocupando diversos cargos. A minha tese de Mestrado foi sobre tema do Terceiro Setor, na Espanha. Eu, engenheiro, mestre em Gerontologia Social!

 

3) Na sua opinião, qual o papel e o poder da sociedade civil organizada?

Esta pergunta me permite dizer que a sociedade civil tem hoje papel decisivo no Brasil. É a esperança que temos no futuro do país. Com planejamento e bons projetos, é possível a captação de recursos junto à sociedade, para mudar a forma de atuar dos governos no sentido de priorizar as demandas das comunidades mais carentes.

 

4) Quais os progressos na garantia de direitos e na profissionalização do Terceiro Setor que você pôde observar durante a sua atuação?

Os progressos na garantia de direitos se dão desde a possibilidade de criação de entidades para atuarem na assistência social. Foram criadas inúmeras delas no Brasil e hoje o Terceiro Setor emprega mais de 2 milhões de pessoas no Brasil e forma inúmeros profissionais e dirigentes.

 

5) As pessoas idosas estão presentes no dia a dia das organizações sociais como público atendido e também como trabalhadores e voluntários. Qual a importância do terceiro setor para a ocupação e realização profissional da pessoa idosa?

Os idosos aposentados formam um contingente de especialistas que devem ser aproveitados na realização de trabalho social, até como forma de retribuir à sociedade o que receberam em sua formação. A FUNDAMIG organizou juntamente com o SESC um programa de férias para idosos no Brasil que só não está em plena atividade devido à pandemia, começará no ano que vem!

 

6) Se fosse para escolher uma ou duas palavras para representar o seu percurso na área social, quais seriam?

Luta para reduzir desigualdades